no matter how many deaths that i die i will never forget

há dois dias tive o melhor concerto da minha vida. ponto. é isto, adeus.

não, claro que não é só isto. é claro que eu tenho de falar como deve de ser, um concerto destes não vai ficar em branco. foi definitivamente um concerto que marcou, e me surpreendeu.

era para ter ido para a porta do pavilhão ainda por volta do meio dia, com a mariana, mas entretanto há uma da tarde ela diz-me que não me podia levar. então, fiquei muito frustrada e vi o meu dia a ir por água abaixo. tive de ir às 17h com a minha mãe e o meu irmão. fui pelo caminho todo a implorar que ela fosse mais rápido, enquanto eu devorava o This Is War. sempre a falar com a marta. quando lá cheguei, encontrei-me com ela nas escadas rolantes e, num bater de dentes incontrolável, devido ao frio, liguei para a maggie. andámos super rápido a tentar encontra-la, mas lá encontramos. estava com medo de passar à frente de tanta gente - que era mesmo muita gente! - e por isso escondi a cara atrás de um panfleto e meti-me junto dela. foi na boa, porque ninguém reparou, acho. ela tinha conhecido desde a manhã umas raparigas muito fofinhas, e estava com elas, que também nos ajudaram a passar despercebidas. uns quantos quartos de hora depois, nós morríamos de frio, os seguranças abriram as portas. entretanto, a cqs já me ligava a dizer que tinha chegado e a perguntar onde eu estava. eu disse para ela vir a correr para a fila, ela não nos encontrava e, enquanto isso, já tínhamos entrado. corremos e corremos, mesmo com os seguranças a implorarem-nos "não corram, tenham calma!", qual calma qual quê! conseguimos um lugar mesmo à frente, era perfeito. rapidamente o pavilhão se encheu e começámos mesmo a sufocar com empurrões e gritos de "não empurrem!", mas a culpa não era mesmo nossa.

começou a banda de entrada. uma única palavra: nojo. foi o pior concerto em que eu estive, se é que aquilo se poderá chamar mesmo um concerto. eram só empurrões e ninguém estava a gostar, até que a maggie lhes espetou o dedo várias vezes. estávamos mesmo a sufocar com aquilo tudo até que finalmente terminou.

algum tempinho depois, não trinta segundos mas sim uns trinta minutos, começou o videoclip da Hurricane no ecrã gigante. muitos foram os gritos que abafavam aquele pavilhão todo. especialmente nas cenas em que o jared se encontrava de tronco nú, ou quando se avistavam os músculos do shannon. treze minutos de tortura, até que o videoclip entra em modo repeat. desespero! alguns minutos depois, o pano cai. cai e ouvem-se gritos. vê-se o tommo, vê-se o shannon, ouvem-se os primeiros toques e acordes da Escape. por entre nuvens de fumo aparece o jared e as primeiras frases da música. "One night to remember" foi uma das frases da seguinte música, Night Of The Hunter, que me ficou na cabeça. e que grande noite, que nunca vou esquecer!

seguiu-se a Beautiful Lie e muitas mais que nos fizeram perder a cabeça. gritámos, saltámos até tocar no tecto, a pedido do jared, e foi lindo. acredito que muitos não soubessem as letras, e eu no meio deles sentia-me culta, porque ninguém sabia. eu até sabia bastantes letras, orgulhei-me. tirei muitas fotos e fiz vídeos de algumas músicas. estou bastante arrependida de, especialmente, não ter gravado a A Call To Arms, estou tão viciada nessa agora e é tão bonita. e a A Beautiful Lie. mas ainda gravei algumas e partes bastante bonitas. ele disse coisas tão lindas sobre nós, não há mesmo palavras. disse que tínhamos sido o melhor concerto, que adorava a cidade, nunca se ia esquecer deste concerto, tinha estado em Sintra a comer num restaurante típico português, e coisas assim. ele pode dizer isso em todos os países, mas eu acredito que foi de coração. interagiu muito, muito mesmo, connosco. disse que adorava raparigas portuguesas, e quando gritávamos "portugal! portugal!" ele disse "i don't know what you're saying but i love it", que querido. lá para o meio ele disse qualquer coisa como, se lhe déssemos uma coisa qualquer ele nos dava a camisola deles. ainda a levantou, mas acabou por não tirar nada, brincalhão. mas em vez disso, deram-lhe uma bandeira de portugal que ele fez questão de meter às costas, em que disse "i feel like a portuguese superman", e andou com ela bastante tempo ainda, se não me engano, até ao fim do concerto. como a maggie se estava a senti um bocado mal, fomos um bocado mais para o lado, em que estávamos bem mais livres! tínhamos muito mais espaço.

houve tantas coisas bonitas. eu adoro acústicos, e ele tocou logo uma das minhas preferidas em acústico: a Alibi. pediu-nos para levantarmos os telemóveis no ar, foi uma imagem tão bonita. tocou ainda a Bad Romance, From Yesterday, se não me engano, e uma parte da The Kill que avançou no meio com bateria e eléctrica. na L490 o shannon e o tommo tocaram sozinhos no palco, foi um momento bonito também. na Vox Populi ele andou com uma lanterna gigante a apontar para o público e na parte "ever want to just stop" apagou-se tudo, eles pararam de cantar e tocar e nós gritámos e gritámos. muito bem pensado. a parte mais bonita, para mim, foi a This Is War. cantámos a plenos pulmões, a letra de cor, e, mesmo quase na parte da 100 Suns, começam a cair balões gigantes vermelhos, em que o público tinha de os fazer circular, mas acabaram por alguns chegar ao palco e o jared, a brincar, disse que era para circular pelo público e não para serem atirados à banda! logo a seguir a Closer To The Edge que para mim é mágica. fizeram-nos gritar de punhos no ar "no! no! no! no!". começaram a cair confetis na Hurricane, ele chamou-nos prevertidos porque já gritámos "yeeees!" quando ele perguntou se já tinhamos visto o videoclip. para finalizar em grande, e como eles são muito queridos, chamaram dezenas de pessoas ao palco na Kings And Queens. foi bonito da parte deles. as pessoas tocaram neles e tiraram várias fotos com eles, que inveja. mas foi tão bonito, foi lindo, mesmo.

fizemos ainda um video com ele, em que ele falou para uma camara, enquanto estávamos em silêncio, e depois viraram a camara para nós e gritámos todos "hello!" e tirámos fotos com eles, que ele prometeu que iam parar à net um dia. prometeram ainda que voltariam cá e o concerto termina com um último "obrigado portugal!".

depois de muito percorrer ao frio, a minha noite terminou, e já de mãos roxas, com um super abraço da minha cqs mais linda do mundo. obrigada por isso.